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Há dias em que a gente acorda se sentindo feia.
Não sei quanto a vocês, mas comigo isso só acontece aos domingos. Não todos os domingos. Mas quando acontece, é sempre domingo.
São aqueles dias em que o cabelo não fica do jeito que você quer. As unhas estão feias e você olha no espelho e percebe o resultado daquele almoço no McDonald's, aparecendo de preferência em forma de gordurinhas localizadas - na coxa ou na barriga, você escolhe.
- Mas, Penny, eu sou magra de ruim. Não tenho problema com isso, não.
Magra ou não, eu tenho certeza de que, num dia de feia, você se olha no espelho e vê algum problema. Não tem escapatória. Dia de feia é dia de feia.
Okay, você não pode fugir do momento meu-Deus-como-eu-estou-horrorosa-vou-me-trancar-no-quarto-e-
só-aparecer-em-público-com-um-saco-de-papelão-na-cabeça, mas pode se acalmar e ajudar esse momento a acabar mais cedo.
Tome um banho.
Há, frase famosa de Cedrico Diggory.
Mas não, não estou te chamando de porca, tampouco dando em cima de você. Só estou dizendo que, em horas como essa, o que você pode fazer é passar uma hora inteira embaixo do chuveiro. Lave o cabelo duas vezes, como recomenda a embalagem do xampu; depile suas pernas da forma mais caprichada que puder; depois passe hidratante nelas. E faça as unhas.
Se você não se achar mais bonita, talvez pelo menos os outros achem.
Comigo funciona.
"São nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que nossas qualidades."
Agora eu entendo muito bem o que Dumbledore disse.
Há algum tempo, eu pensava que o pior sentimento do mundo era o arrependimento. Hoje, já não me arrependo dos meus atos, tenho consciência de que toda e qualquer experiência é um aprendizado. O sentimento que tomou lugar desse na minha lista negra foi a decepção. Principalmente quando você se decepciona com alguém que não tem arrependimento.
Eu conheci alguém que fez más escolhas. Mas essa pessoa já tinha péssimas qualidades. O difícil é ver gente boa fazendo escolhas ruins. Gente que tem tudo para brilhar e age como se não soubesse disso. Você até mostra à pessoa o caminho certo. Ela experimenta esse caminho, vê que tudo nele dá frutos bons. Você chega a ter orgulho dessa pessoa. Mas, quando você menos espera, descobre que ela continua fazendo escolhas erradas. Como se não acreditasse em si mesma. Como se não acreditasse no que você mostrou para ela, como se não desse valor para quem a ama e quer o seu bem.
Então você precisa aprender a fazer suas próprias escolhas, com base nas do outro. Não as escolhas que te fazem feliz, mas as que ao menos te fazem parar de sofrer.
É a vida.
Desculpem, mas eu precisava desse desabafo.
Não é nenhum apelo contra a vida urbana ou o desmatamento da Amazônia. É só uma recomendação. Corra pelo gramado e sente-se sob a sombra de uma árvore de vez em quando. Para mim, faz toda a diferença do mundo.
É um post bobo, eu sei. Bem-vindos ao novo Mosague.