terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Algo

Tem alguma coisa no ar e essa coisa está me irritando profundamente. Se eu pudesse, eu dava um jeito nela. Picotava com uma tesoura ou enfiava no congelador da geladeira dos fundos, por exemplo. Mas eu não consigo saber o que é essa coisa!
É mais ou menos como quando eu estou com vontade de comer uma coisa (até chego a sentir o gosto), mas não consigo identificar o que é.
E eu queria escrever isso na forma de um poema, mas eu sou péssima em poemas e nem sei rimar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bolt - O Supercão

Comentário sem importância de uma leiga em cinema. Com spoilers? Acho que não. Depende do que você considera spoilers. Mas não se preocupe, não vou contar o fim do filme.


Bolt é uma graça. Em certos aspectos, melhor do que o anunciado. A Disney/Pixar faz um humor maravilhoso sem cair na babaquice como muitos outros filmes de animação têm feito. Minha opinião é suspeita, mas eu disse desde o começo do post que este é um comentário sem importância.
Enfim. Bolt me fez chorar muito por trás daqueles óculos 3D que dão tontura (e que nem são tãao legais assim). Mas talvez os humanos normais, sem excessiva preocupação com o bem estar de gatinhos e cachorrinhos mundo afora, não chorem.
Apesar de ter gostado tanto do filme (e daquela gatinha FOFA E LINDA), eu tenho também minhas críticas negativas a fazer. Não acho que o filme salve a Disney/Pixar de uma era de trevas, como anunciou a revista SET. Nem em termos de animação, nem de roteiro. A qualidade continua excelente, não sei o que eles quiseram dizer com trevas (não lembro se foi essa a palavra usada, mas você entendeu). Afinal, os últimos filmes deles foram WALL-E (com um merecido Golden Globe 2009 e rumo aos Academy Awards, pelo menos assim eu espero) e, antes desse, Ratatouille (que me faz querer assisti-lo de novo e de novo, como há muitos anos não acontecia com meus amados filmes da Disney). Bolt é mais um na coleção de emocionantes e memoráveis filmes da Disney. À exceção, talvez, de O Galinho Chicken Little, que me decepcionou um pouco.

Eu esperava um pouco mais de Bolt apenas no quesito "crise existencial". Para quem não sabe, o filme conta a história de um cão que grava uma série de TV em que tem super-poderes. Mas o coitado pensa que tudo aquilo é de verdade e, quando sai por aí no mundo real, é uma palhaçada só ele pensando que gatos são agentes do mal etc. Se você acha que já viu algo parecido antes, deve estar se lembrando de quando assistiu Toy Story. Sim, Bolt tem Complexo de Buzz Lightyear. Mas isso foi muito mal trabalhado, na minha opinião. Sabe, quando o Buzz descobria que tudo em que ele acreditava não existia, ele primeiro ficava doido ("Quer mais chá, dona Marocas?") e depois, depressivo. E só no fim do filme ele se aceitava como era e aprendia a ser feliz daquele jeito. Em comparação com isso, eu achei que o Bolt aceitou tudo tão bem. Sabe... "Eu não sou um supercão. Droga. Okay, vamos continuar o filme."
Tá bom que talvez ficasse muito repetitivo ele ter exatamente a mesma crise que o Buzz. Mas do jeito que ficou, não me convenceu muito.

Enfim, antes que alguém me arremesse um sapato... Independente da crise existencial dele ou do quanto eu amo Ratatouille, eu adorei Bolt. Acho que vale a pena, sim, assistir. Porque, apesar de qualquer coisa... é Disney! E a Disney quase nunca decepciona. Principalmente quando se une à Pixar. ;)







Ninguém leu este post inteiro. Mas tudo bem, eu estava afim de escrever e é isso que importa.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Praia

Fazia muito tempo que eu não a via. E que alegria me dá.
Estive refletindo ontem sobre a semana que passei. Cair na rotina nunca foi tão gostoso. Sabe, acordar todo dia e nem pensar "o que vou fazer hoje?", porque eu já sei o que vou fazer: vou à praia! Sentir o mar ir e voltar lavando minhas pernas enquanto eu caminho e olho para o céu, tão limpo, tão claro, tão bonito. Tão azul que chega a ser clichê. Assim como o mar, como eu amo o mar, como eu amo a praia. É incrível como ela me faz ignorar qualquer coisa ruim que aconteça à volta - palitos de sorvete atirados na areia por aquele mundaréu de gente feia e mal educada (afinal, estive na Praia Grande - em alta temporada -, e não no Caribe).
Eu não podia deixar de ficar feliz. Era a praia! Dela eu podia ver a linha do horizonte, acima do mar, imaginar a imensidão além daquela linha, ver aquelas águas embelezarem o pôr-do-sol e refletirem a queima de fogos que eu não via há 18 anos.
Às vezes eu chego a me perguntar se não é irritante para os outros que eu veja tamanha beleza nas coisas. Mas é tão inevitável... e talvez fosse mais irritante se eu não visse beleza em nada. Se é que isso é possível - afinal, quem não ama o mar?