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"Obrigada à Revista por também falar sobre a greve na USP. A bagunça que é feita anualmente na universidade tornou-se uma palhaçada. O fato de a assembleia ter sido interrompida para discutir a presença da jornalista Leticia de Castro é só mais uma prova de que o movimento estudantil está desmoralizado. Concordo com diversas reivindicações, mas não acho que interromper as atividades da universidade e transformá-la num campo de batalha seja uma maneira eficiente de se fazer levar a sério.
O mais incômodo é que a greve não só atrapaçha os alunos que, como eu, querem assistir às aulas, mas também suja a imagem da USP."
Com direito a edição feita pela Folha. ^^
Minha mãe disse que amanhã eu vou apanhar na USP. A minha sorte é que ninguém lá sabe quem sou eu.
Aos 16 anos
um professor quis expulsá-lo da sala de aula por mau comportamento, mas mamãe e papai não deixaram. Mamãe e papai esfregaram o dedo na cara do professor, dizendo "você não pode fazer isso com o meu filho!".
Aos 20 anos
ele tentou invadir a reitoria da Universidade por causas que sabia que não seriam resolvidas daquela forma. A PM impediu e ele não aceitou aquilo - afinal, ele aprendeu com seus pais que está sempre acima das autoridades e das leis.
Eu gostaria de fazer um protesto contra esses filhinhos de papai metidos a esquerdistas que envergonham seus colegas e sujam a imagem da USP. Mas eu não vou fazer nada porque, diferente deles, estou tentando me dedicar aos meus estudos.
Eu trabalho no centro de São Paulo. Lá, vendem-se advogados como se vendem peixes.
"Advogado, advogado!"
"Olha o advogado"
"Processo trabalhista!"
"Advogado!"
"Processar o patrão, minha senhora?"
Eu desejo melhor sorte aos meus amigos vestibulandos de direito.